quarta-feira, 24 de julho de 2013

A nova linguagem da sustentabilidade

Por John Elkington
Criador do conceito de triple bottom line e novo articulista de Ideia Sustentável, John Elkington escreve sobre educação e sustentabilidade
Um número crescente de pessoas no mundo dos negócios vem aprendendo a utilizar a nova linguagem e os conceitos da sustentabilidade. Enquanto alguns incorporam rapidamente, outros se complicam. Nesse sentido, uma pessoa que sabe exatamente o que está dizendo é Peter Bakker, presidente do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD). Da maneira como o faz, ele consegue envolver mesmo as pessoas mais comuns do mundo corporativo.
“Comprar um Porsche é uma emoção” – eu o ouvi dizer recentemente. “Mas não chega a ser comparável à compra de seu primeiro Boeing 747” – algo que ele realizou enquanto CEO da empresa de logística TNT. O problema com o 747, porém, é sua enorme pegada de carbono, algo que Bakker só foi descobrir mais tarde. Ele contou essa história enquanto falava noworkshop interno que coorganizamos na sede da gigante companhia alimentícia Nestlé, em Vevey, na Suíça. O objetivo autodeclarado de Bakker era transformar o público no que chamou de “revolucionários do mercado”.
O WBCSD publicou seu ambicioso estudo Visão 2050, há alguns anos. Reconhecendo-se tanto a importância de sua agenda flexível como as dificuldades em levá-lo para o mainstream – ocentro dos debates -, um dos primeiros atos de Bakker, ao assumir a organização, foi iniciar os trabalhos para se criar uma versão mais atualizada e melhorada do estudo.
O objetivo é claro: chegar aos nove bilhões de pessoas no mundo, até meados do século – todas vivendo bem -, dentro dos limites planetários. Contudo, pressões de curto prazo, agravadas pela crise atual, conspiraram para atrasar o rumo do progresso. Esses desafios foram destacados na última rodada da pesquisa Riscos Globais, do Fórum Econômico Mundial.
Fonte: Portal Ideia Sustentável

Nenhum comentário:

Postar um comentário